20 fevereiro 2009

Efeitos da ingestão de álcool no feto

O síndrome alcoólico fetal é a maior causa de atraso mental no ocidente, ocorre em 30-50% das crianças com mães alcoólicas, em 2-40 por cada 1000 nascimentos em Portugal, 1 / 600 na Suécia e 1 /50 em algumas aldeias indígenas americanas.




Há muitos casos de efeitos do álcool no feto que não são considerados Síndrome Alcoólico Fetal, mas que não deixam por isso de ser graves.
As crianças afectadas pela ingestão de álcool durante a gestação podem apresentar deficit de crescimento, alterações neurológicas e distúrbios de comportamento.



Os CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA O DIAGNÓSTICO de Síndrome Alcoólico Fetal são:

. deficit de crescimento pré e/ou pós natal;

. danos no sistema nervoso, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, diminuição do quociente de inteligência, alterações comportamentais;

. dimorfismo facial, pelo menos 2 dos sinais seguintes: microcefalia, microftalmia e/ ou fissura palpebral pequena, filtro nasal hipoplásico com lábio superior fino e hipoplasia de maxilar;


dimorfismo facial




O sistema nervoso é o mais afectado pelo síndrome. O QI dos pacientes com síndrome alcoólico fetal pode variar, mas geralmente está entre 60 e 80%.





Cerca de 80% das crianças afectadas tem microcefalia e problemas de comportamento, e cerca de metade apresentam problemas na coordenação motora, hipotonia, hiperactividade e défice de atenção, malformações cardíacas, malformações vasculares e anomalias a nível de visão e audição.


Com regularidade identificam-se problemas de aprendizagem e memória que podem persistir durante toda a vida.


As crianças expostas ao álcool têm também mais probabilidade de desenvolver desordens psiquiátricas como perturbações de humor, depressão major, perturbação psicótica e bipolar.



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