21 agosto 2009

Binge Drinking: Alguns Estudos

Nos últimos tempos tem-se ouvido muito este estrangeirismo Binge Drinking.

O Binge Drinking é uma expressão moderna para descrever a ingestão de grandes quantidades de álcool em pouco tempo com a clara intenção de ficar intoxicado.
Este estilo de consumo de álcool vai um pouco para além do " beber socialmente" para ser uma forma intencional de alteração de consciência e por vezes até de auto-medicação.



Este fenómeno está a gerar preocupação, nomeadamente junto da comunidade científica.

O número que será publicado em Novembro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research demonstra esta preocupação através alguns artigos científicos.

Um dos estudos publicados demonstra que o consumo de quantidade excessivas de álcool pode levar a múltiplos danos cerebrais, inclusive o desenvolvimento de problemas emocionais que irão interferir com a capacidade de relacionamento interpessoal.



Neste estudo foram realizadas ressonâncias magnéticas funcionais a ex-alcoólicos em abstinência há um longo período de tempo. Os resultados sugerem uma diminuição da actividade da amígdala e do hipocampo o que poderá significar deficiências emocionais.

No estudo foram usados dois grupos de homens, com o mesmo nível socioeconómico, educação, idade e QI, mas um grupo era de ex-alcoólicos e outro não. Durante a ressonância magnética funcional foram apresentadas palavras e rostos aos participantes e estes tinham que classificá-las. Para cada parâmetro tinham duas opções de classificação.


Os resultados demonstraram que os ex-alcoólicos tinham mais dificuldade em interpretar expressões faciais, assim como códigos verbais, sendo essas dificuldades reflexo dos níveis de actividade da amígdala e do hipocampo. Além disso, os ex-alcoólicos, ao contrário do grupo de controlo, recrutaram o córtex pré-frontal para a interpretação das expressões faciais, de modo a compensar a actividade neuronal das outras áreas do cérebro.


O professor Ksenija Marinkovic da Universidade da California, entrevistado pelo ScienceDaily, explica que o cérebro, como a maioria dos nossos órgãos, é vulnerável aos danos infligidos pelo consumo excessivo de álcool e que os défices mais comuns incluem problemas de memória, redução da capacidade de raciocínio e de resolução de problemas, assim como alterações emocionais.

Os danos do álcool no cérebro nem sempre são muito visíveis, diz Marinkovic. Dificuldades de comunicação verbal e não verbal podem passar mais ou menos desapercebidas, mas a incapacidade de interpretar correctamente mensagens pode ter fortes repercussões na vida do indivíduo.

FONTE: http://www.sciencedaily.com/releases/2009/08/090811161257.htm

Outro dos estudos da Alcoholism: Clinical & Experimental Research a sair em Novembro é de um grupo de cientistas espanhóis da Universidade de Santiago de Compostela. No estudo foram analisados 95 alunos do 1º ano da universidade, 45 Binge Drinkers e 53 como grupo de controlo. Para o estudo foi analizada a resposta cerebral electrofisiológica a estímulos internos e externos
durante a execução de tarefas envolvendo a memória visual.



Alberto Crego, autor principal do estudo, explicou, segundo o ScienceDaily, que os jovens que entraram no Binge Drinking conseguiram efectuar as tarefas correctamente mas com muito mais dificuldade, demonstrando menos eficiência na distribuição da atenção e no uso dos recursos da memória visual.
O investigador afirma que os resultados deste trabalho indicam que jovens com comportamentos de Binge Drinking podem ter problemas de atenção e memória a curto prazo.


FONTE: http://www.sciencedaily.com/releases/2009/08/090811161259.htm

Nano particulas detectam abuso de droga

Um grupo de cientistas espanhóis criou nanopartículas revestidas de anticorpos que detectam compostos biológicos indicativos de abuso de drogas.

Quando uma droga é consumida ela é alterada pelo nosso organismo, principalmente pelo fígado. A esse processo chama-se de metabolização. Quando o organismo metaboliza uma substância esta dá origem a uma série de outras substâncias, os metabólitos.

Para detectar a presença de cocaína , Ramón Alvarez-Puebla, em conjunto com outros investigadores da Universidade de Vigo, usou anticorpos específicos de um dos principais metabolitos da cocaína, benzoylecgonine. Os anticorpos encontram-se no sangue e atacam substâncias estranhas ao organismo.


Os cientistas fixaram estes anticorpos à superficie de um nanotubo de carbono suportado por nanoparticulas de prata ( 1 nanometro = 10-9 metros = 0,000 000 001 metros). Depois adicionaram uma solução de benzoylecgonine que se ligou aos anticorpos e modificou a sua estrutura.
A equipa demonstrou que a análise desta estrutura com SERS ( Surface enhanced Raman spectroscopy ) podia determinar não só a presença do metabólito como a sua concentração.


Surface enhanced Raman spectroscopy é uma técnica de análise se superfícies com ampliação até 10-14 , 10-15 , o que faz com que esta técnica permita detectar uma única molecula numa dada superfície.
Este método pode ser usado em fluídos como saliva ou urina para detectar o consumo de cocaína, mas também pata determinar a quantidade consumida. Poderá ainda ser usada para detectar doenças relacionadas com algumas biomoléculas.

FONTE: http://www.rsc.org/publishing/journals/NR/article.asp?doi=b9nr00059c


14 agosto 2009

História da Cannabis

Dois videos muito giros sobre a história da cannabis. Vale a pena ver!



e-drogas no facebook

Agora o e-drogas está no facebook.
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Há pastilhas de ecstasy com diferentes marcas. O que significam?

Teresa Summavielle, investigadora em neurociências do IBMC.INEB explica porque as pastilhas de ecstasy têm diferentes marcas.

História do Ecstasy

Documentário sobre a história do ecstasy: