Nos últimos tempos tem-se ouvido muito este estrangeirismo Binge Drinking.
O Binge Drinking é uma expressão moderna para descrever a ingestão de grandes quantidades de álcool em pouco tempo com a clara intenção de ficar intoxicado.
Este estilo de consumo de álcool vai um pouco para além do " beber socialmente" para ser uma forma intencional de alteração de consciência e por vezes até de auto-medicação.
Este fenómeno está a gerar preocupação, nomeadamente junto da comunidade científica.
O número que será publicado em Novembro da revista Alcoholism: Clinical & Experimental Research demonstra esta preocupação através alguns artigos científicos.
Um dos estudos publicados demonstra que o consumo de quantidade excessivas de álcool pode levar a múltiplos danos cerebrais, inclusive o desenvolvimento de problemas emocionais que irão interferir com a capacidade de relacionamento interpessoal.
Neste estudo foram realizadas ressonâncias magnéticas funcionais a ex-alcoólicos em abstinência há um longo período de tempo. Os resultados sugerem uma diminuição da actividade da amígdala e do hipocampo o que poderá significar deficiências emocionais.
No estudo foram usados dois grupos de homens, com o mesmo nível socioeconómico, educação, idade e QI, mas um grupo era de ex-alcoólicos e outro não. Durante a ressonância magnética funcional foram apresentadas palavras e rostos aos participantes e estes tinham que classificá-las. Para cada parâmetro tinham duas opções de classificação.
Os resultados demonstraram que os ex-alcoólicos tinham mais dificuldade em interpretar expressões faciais, assim como códigos verbais, sendo essas dificuldades reflexo dos níveis de actividade da amígdala e do hipocampo. Além disso, os ex-alcoólicos, ao contrário do grupo de controlo, recrutaram o córtex pré-frontal para a interpretação das expressões faciais, de modo a compensar a actividade neuronal das outras áreas do cérebro.
O professor Ksenija Marinkovic da Universidade da California, entrevistado pelo ScienceDaily, explica que o cérebro, como a maioria dos nossos órgãos, é vulnerável aos danos infligidos pelo consumo excessivo de álcool e que os défices mais comuns incluem problemas de memória, redução da capacidade de raciocínio e de resolução de problemas, assim como alterações emocionais.
Os danos do álcool no cérebro nem sempre são muito visíveis, diz Marinkovic. Dificuldades de comunicação verbal e não verbal podem passar mais ou menos desapercebidas, mas a incapacidade de interpretar correctamente mensagens pode ter fortes repercussões na vida do indivíduo.
FONTE: http://www.sciencedaily.com/releases/2009/08/090811161257.htm
Outro dos estudos da Alcoholism: Clinical & Experimental Research a sair em Novembro é de um grupo de cientistas espanhóis da Universidade de Santiago de Compostela. No estudo foram analisados 95 alunos do 1º ano da universidade, 45 Binge Drinkers e 53 como grupo de controlo. Para o estudo foi analizada a resposta cerebral electrofisiológica a estímulos internos e externos
durante a execução de tarefas envolvendo a memória visual.
Alberto Crego, autor principal do estudo, explicou, segundo o ScienceDaily, que os jovens que entraram no Binge Drinking conseguiram efectuar as tarefas correctamente mas com muito mais dificuldade, demonstrando menos eficiência na distribuição da atenção e no uso dos recursos da memória visual.
O investigador afirma que os resultados deste trabalho indicam que jovens com comportamentos de Binge Drinking podem ter problemas de atenção e memória a curto prazo.
FONTE: http://www.sciencedaily.com/releases/2009/08/090811161259.htm
21 agosto 2009
Nano particulas detectam abuso de droga
Um grupo de cientistas espanhóis criou nanopartículas revestidas de anticorpos que detectam compostos biológicos indicativos de abuso de drogas.
Quando uma droga é consumida ela é alterada pelo nosso organismo, principalmente pelo fígado. A esse processo chama-se de metabolização. Quando o organismo metaboliza uma substância esta dá origem a uma série de outras substâncias, os metabólitos.
Para detectar a presença de cocaína , Ramón Alvarez-Puebla, em conjunto com outros investigadores da Universidade de Vigo, usou anticorpos específicos de um dos principais metabolitos da cocaína, benzoylecgonine. Os anticorpos encontram-se no sangue e atacam substâncias estranhas ao organismo.
Os cientistas fixaram estes anticorpos à superficie de um nanotubo de carbono suportado por nanoparticulas de prata ( 1 nanometro = 10-9 metros = 0,000 000 001 metros). Depois adicionaram uma solução de benzoylecgonine que se ligou aos anticorpos e modificou a sua estrutura.
A equipa demonstrou que a análise desta estrutura com SERS ( Surface enhanced Raman spectroscopy ) podia determinar não só a presença do metabólito como a sua concentração.
Surface enhanced Raman spectroscopy é uma técnica de análise se superfícies com ampliação até 10-14 , 10-15 , o que faz com que esta técnica permita detectar uma única molecula numa dada superfície.
Este método pode ser usado em fluídos como saliva ou urina para detectar o consumo de cocaína, mas também pata determinar a quantidade consumida. Poderá ainda ser usada para detectar doenças relacionadas com algumas biomoléculas.
FONTE: http://www.rsc.org/publishing/journals/NR/article.asp?doi=b9nr00059c
Quando uma droga é consumida ela é alterada pelo nosso organismo, principalmente pelo fígado. A esse processo chama-se de metabolização. Quando o organismo metaboliza uma substância esta dá origem a uma série de outras substâncias, os metabólitos.
Para detectar a presença de cocaína , Ramón Alvarez-Puebla, em conjunto com outros investigadores da Universidade de Vigo, usou anticorpos específicos de um dos principais metabolitos da cocaína, benzoylecgonine. Os anticorpos encontram-se no sangue e atacam substâncias estranhas ao organismo.
Os cientistas fixaram estes anticorpos à superficie de um nanotubo de carbono suportado por nanoparticulas de prata ( 1 nanometro = 10-9 metros = 0,000 000 001 metros). Depois adicionaram uma solução de benzoylecgonine que se ligou aos anticorpos e modificou a sua estrutura.
A equipa demonstrou que a análise desta estrutura com SERS ( Surface enhanced Raman spectroscopy
Surface enhanced Raman spectroscopy é uma técnica de análise se superfícies com ampliação até 10-14 , 10-15 , o que faz com que esta técnica permita detectar uma única molecula numa dada superfície.
Este método pode ser usado em fluídos como saliva ou urina para detectar o consumo de cocaína, mas também pata determinar a quantidade consumida. Poderá ainda ser usada para detectar doenças relacionadas com algumas biomoléculas.
FONTE: http://www.rsc.org/publishing/journals/NR/article.asp?doi=b9nr00059c
14 agosto 2009
e-drogas no facebook
Agora o e-drogas está no facebook.
Venham visitar-nos em: http://www.facebook.com/edrogas e tornem-se nossos amigos. :)
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Esperamos a vossa visita e os vossos comentários.
Há pastilhas de ecstasy com diferentes marcas. O que significam?
Teresa Summavielle, investigadora em neurociências do IBMC.INEB explica porque as pastilhas de ecstasy têm diferentes marcas.
História do Ecstasy
Documentário sobre a história do ecstasy:
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