23 agosto 2010

special-k

Numa notícia recentemente publicada no jornal Público fala-se do estudo do special-k como anti-depressivo.

MAS O QUE É O SPECIAL-K?

Vendido nas ruas como special-k pelos efeitos alucinogénico, este pó-branco é conhecido da ciência como ketamine.

A ketamina foi produzida em 1965 pelos laboratórios Parke & Davis como um anestésico para uso humano (cirurgias) e, principalmente, veterinário. Foi utilizada no Vietnam para diminuir a dor dos feridos. Começou a ser usada para fins recreativos nos anos 70, muito associado à cultura Gay, sendo depois integrada nos contextos de festas rave.




A ketamina encontra sob a forma de pó branco, líquido ou tablete e pode ser consumida por via oral, inalada ou injectada.
A special K, como é chamada pelos seus consumidores, é uma droga de prescrição médica que parece deprimir selectivamente a função normal de associação do córtex e tálamo, aumentando a actividade do sistema límbico e produzindo um efeito analgésico e amnésico.

Efeitos
Os efeitos da Ketamina duram cerca de uma hora e podem produzir sensações de não pertença ao corpo, entorpecimento, alucinações, visão em túnel, dificuldade em controlar movimentos e sentimentos, distorção da noção de tempo e de identidade, sensação de distorção do corpo, experiência próxima da morte (a sensação de caminhar num túnel em direcção a uma luz brilhante), sensação de sufocar, amnésia ou delírio. Podem ainda ocorrer vómitos, náusea, diarreia, baixa de temperatura, deterioração da função motora, coma e problemas respiratórios potencialmente mortais.



Riscos
A ketamina pode provocar problemas físicos e mentais profundos, incluindo delírio, amnésia, deterioração da função motora e problemas respiratórios potencialmente mortais. Esta droga não deve ser misturada com álcool e por vezes é vendida como ecstasy.


Agora um estudo foi publicado na revista científica Science sobre o estudo desta droga no tratamento de depressão.
Através de experiências em roedores, os investigadores compreenderam que este composto activa uma via celular nos neurónios do córtex pré-frontal. Região afectada na depressão e no stress crónico.

A Ketamina entra numa via celular que acaba por activar uma molécula responsável pela produção de proteínas que estimulam as novas sinapses – zonas onde as extremidades de neurónios se encontram e um estímulo é enviado de um neurónio para outro através de mediadores químicos, os neurotransmissores.



Embora a Ketamina tenha sido chave para a descoberta destes mecanismos e tenha efeitos no combate à depressão, os investigadores não ponderam por agora usar esta droga como medicamento no tratamento da depressão. Os efeitos alucinogénicos e os problemas que o consumo desta droga provocam pesam contra o seu uso terapeutico.

Os investigadores ponderam procurar outras substâncias, com mecanismos de acção idênticos, mas sem os efeitos da ketamina.


A LER:
Descoberto efeito neuronal do special-k anti-depressivo - PÚBLICO

13 agosto 2010

Uma história do Brasil que se repete, repete, repete… em todo o Mundo



Deixo aqui uma branda desenhada sobre droga, iniciativa do governo brasileiro.
Excelente, principalmente para as crianças:

a - fiel ao que se passa;
b - define muito bem os papéis sociais envolvidos (família - escola – grupos de referência);
c - orienta sobre procedimentos, linguagens e valores (em detrimento de posturas moralistas)

Podem divulgar pelos familiares, amigos, colegas. Nunca se sabe quem pode precisar...

TURMA DA MÓNICA SOBRE DROGAS - DOWNLOAD IN PDF

06 agosto 2010

A cannabis pode causar infertilidade?



Attila Kofalvi, investigador do CNC - Centro de Neurociência de Coimbra e editor do livro "Cannabinoids and the Brain" explica que os receptores de cannabinóides têm alta densidade nos orgãos reprodutores e como tal podem ter efeitos na implantação do feto no utero e na mobilidade do esperma.

01 agosto 2010

O consumo de cannabis pode causar psicoses e esquizofrenia?



Attila Kofalvi, investigador do Centro de Neurociências de Coimbra e autor do livro "Cannabinoids and the Brain", explica que o consumo de cannabis em grandes quantidades, durante a fase de desenvolvimento do cérebro, pode conduzir a danos graves e desencadear psicoses e esquizofrenia.